Aos 6?
12? 30? 40 anos? Ainda acredita?
Quantas
vezes acreditamos em alguém que nos ofereceu algo encantador?
E
quantas dessas vezes nos frustramos ao descobrir que se tratava
apenas (mais uma vez) de um truque barato?
Odeio
ser estraga prazeres, mas mágicos (fora os da fantasia) não
existem. Os da vida real possuem outro nome: Ilusionista.
E todo
ilusionista sabe bem como fazer o seu trabalho. Nos seduzem. Nos
cegam. Nos hipnotizam. Nos manipulam. Tudo para que possamos
satisfazer sua vaidade e seu ego gigantesco. Para o ilusionista o
que mais importa é a plateia acreditar que SÓ ele consegue fazer
algo que ninguém mais faz.
O
ilusionista sabe para quem está representando, conhece sua plateia,
a estuda, diz exatamente o que o outro quer (ou acha que precisa)
ouvir.
Quando
estamos prestes a descobrir seus segredos ele vem e apresenta um
novo truque. Conhece o seu poder de sedução e sabe, como ninguém
usar suas artimanhas para atrair a atenção somente para si.
Engana-se
quem pensa que os “Mágicos” estão apenas nos circos ou buffets
infantis. Tem
aqueles que nos seduzem apenas para levar para a cama (e só) pois
eles não se envolvem nunca (é triste, mas tudo aquilo que ele te
disse era só para te foder - literalmente).
Tem
ainda o mágico da batina (do púlpito, do axé, etc.), que são
capazes de realizar verdadeiras mágicas milagrosas em troca de
dinheiro, vaidade ou em troca de (também literalmente) foder com a
sua vida.
A
psiquiatra Ana Beatriz Barbosa
Silva , em seu livro Mentes perigosas: O psicopata mora ao
lado, relata como agem esses verdadeiros seres que com seu jeito
todo especial de ser, conseguem nos seduzir.
E não
adianta ninguém querer abrir nossos olhos, mostrar como a “mágica”
funciona. Não há Mister M nem Oftalmologista capaz de nos
fazer enxergar novamente. Quem cansa não somos nós, é ele.
Cansado
de iludir apenas a mesma pessoa ou grupo, o “mágico” precisa
constantemente testar o seu poder de manipulação e parte para
conquistar novos admiradores.
E só
então é que a ficha cai. A ilusão acaba. Mas você ainda
acredita nela. Pior, ainda espera por ela, ou por alguém que a
traga de volta.
O mais
revoltante não é descobrir que fomos iludidos, é admitir que no
fundo sempre soubemos da mentira, mas ainda assim preferimos (ou foi
mais fácil) acreditar nela.
Voltar a
acreditar na vida real depois de tanto tempo vivendo na ilusão pode
ser algo dolorido onde nos vemos sem nenhum tipo de esperança nas
pessoas ou na vida futura.
Mas acredite, a vida real embora mais
complicada, pode ser bem fácil do que a ilusão de viver num grande
numero de mágicas.
Se
passarmos a acreditar apenas nas ilusões dos mágicos, podemos
acabar num dos seus mais famosos truques: ser serrados ao meio...