Acredito que nossos sentimentos vivam sempre em conflitos uns com os outros. Talvez seja necessário para que haja um equilíbrio desses sentimentos e emoções.
Quando amamos alguém, na grande maioria dos casos, esse amor nasce da admiração que venhamos a ter por essa pessoa, seja física, intelectual ou emotiva. E essa admiração tende a aumentar à medida que nos envolvemos com o outro, até chegar ao ponto em que nos descobrimos amando, ou apaixonados, enfim, naquele momento em que o outro é perfeito. É chegada a hora dos planos para o futuro, de admitir que aquela é a pessoa certa para viver ao seu lado para o resto da sua vida, afinal de contas ele tem tudo aquilo que você sempre procurou em outra pessoa.
De repente, quando menos se espera, surge a separação. A pessoa chega pra você com aquele texto mais que clichê: “O problema não é você, sou eu”, ou “Não estou preparado para uma relação mais seria”, “Você vai encontrar alguém bacana”, enfim, já era, e não existe argumento que te fará sofrer menos. Mesmo que não seja a intenção do outro, todo mundo sofre com as separações.
Diferente dos rompimentos anunciados, a separação repentina é a mais dolorida, como conviver com alguém que da noite pro dia não faz mais parte da sua vida? Aprender a caminhar sozinho depois de “caminhar com outro” é muito difícil. Pior ainda é quando o outro, depois de te dar o “pé na bunda”, te procura querendo ser seu amigo.
As pessoas têm que aprender que existe, pra todo mundo, um período de recuperação chamado “tempo”, e que esse período é totalmente subjetivo, do mesmo jeito em que a forma de se envolver também varia de pessoa para pessoa. Como que você vai se tornar amigo de alguém que até ontem você chamava de amor?
Sim, até acredito que tal amizade exista. Mas para isso, alem do tempo, é necessário que as feridas cicatrizem. E não adianta querer se fazer de amiguinho de quem você deu o fora, e ficar o tempo todo “ligando para saber como o outro está”.
Enquanto a ferida não cicatrizar, aquele que foi deixado, irá sempre ter as esperanças de reconciliação renovadas cada vez que você perguntar como está, cutucar no facebook, ou ligar no aniversário, isso são coisas que amigos fazem, e você ainda não é amigo. VOCE AINDA É O EX. Quando você puder ser classificado como amigo, não se preocupe, aquela pessoa que você deu o fora, já recuperada, ira te procurar de alguma forma. Nesse momento se perguntarem para o outro quem é você, ao invés de dizer que é seu ex, tenho certeza de que dirá: É meu amigo. E cá pra nós... acredito que a amizade é o maior de todos os amores.
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