quarta-feira, 16 de maio de 2012

E a saudade então?...



    Ah, a saudade...
   Não é à toa que saudade não tem tradução, já tentaram encontrar algum sinônimo mas não deu muito certo. Talvez pelo fato de a saudade ser algo muito subjetivo, cada um tem a sua, e só quem a tem sabe o tamanho dela. Pode ser aquela saudade gostosa que daqui há pouco irá passar, pode ser aquela saudade louca, passional, ou ainda aquela saudade inocente e sincera, ou como diria meu sobrinho de 7 anos, uma saudade “muito grande de bastante”.
   E pra piorar a situação a saudade está diretamente ligada aos sentidos, uma musica que você ouve, um perfume que você sente, alguma cena que você vê, um sabor que você prova, ou seja a saudade é fisiológica (dor de estomago, insônia, ansiedade), por isso não adianta fugir, enquanto viver, a saudade insistirá em nos acompanhar. Melhor se acostumar à ela
   Quando temos um objeto muito precioso, temos grande medo de perde-lo, guardamos e o protegemos com o máximo cuidado. Acho que a saudade é mais ou menos isso, você sente falta daquilo e vai procurar, mas onde está? Onde coloquei? Você sabe que existe, mas não está ao seu alcance. Não adianta pedir pra São Longuinho, e muito menos tentar encontrar algo semelhante, porque “só aquilo” que se perdeu irá te deixar tranquilo.
   A grande maioria das pessoas afirma que a saudade só trás sofrimento. Eu discordo. Só sente saudade quem viveu, quem amou, quem se doou. Ninguém sente saudade de sofrimento, de perdas ou desilusões, esses são apenas o caminho para que a saudade apareça. Eu prefiro sempre pensar que vivi ao invés de lembrar que perdi.

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