No ultimo sábado (1º de dezembro)
foi “celebrado” no mundo todo, o dia mundial de luta contra a AIDS.
Dentre tudo o que foi questionado
ou revelado com relação a doença, o que mais me chamou a atenção foi a
informação do Ministério da Saúde revelando que metade nos novos casos de
HIV/AIDS, são de jovens entre 15 e 24 anos.
As desculpas
são as mais diversas possíveis. A única desculpa que ninguém se atreve a utilizar
é a falta de informação. Afinal, nos
dias atuais, onde tudo, inclusive a informação é on line, todos sabem como
evitar essa e outras doenças(não vou mencioná-las, afinal estamos falando “apenas”
de HIV/AIDS) .
Sou de uma geração que perdeu seus maiores
idolos na luta contra a doença, que enterrou amigos, uma geração que foi
preconceituosa, que chamou a doença de “Peste Gay” (se bem que isso não mudou
muito), essa mesma geração aprendeu após
enterrar alguns, de sensibilizar com Cazuza, que a única forma de prevenção é o
uso de preservativo.
Logo vieram os
medicamentos e a coisa começou a mudar.
Esqueceu-se do problema. HIV/AIDS só é discutido no inicio de dezembro e
durante o carnaval. Como se a doença só
se manifestasse nesses períodos.
Enquanto ficamos em silencio ela contamina cada vez mais gente.
Foi o que ouvi
no relato de alguns jovens pesquisados:
“Ouvi dizer que a AIDS não mata mais, virou
doença cronica, que se você for contaminado, basta apenas tomar alguns
comprimidos”. Nem imagina os efeitos devastadores que alguns medicamentos
podem causar, ou ainda se tais medicamentos possam fazer efeito ou não...
“Parei de usar preservativo com meu namorado
quando a relação ficou seria, quando já o conhecia o suficiente para confiar
nele”. Perguntei a quanto tempo se
relacionavam antes de abolirem o uso do preservativo. “Dois meses”.
Dois meses já são suficientes para conhecer a pessoa? “Sim,
nós nos amamos”. Fizeram o teste
antes de deixarem a camisinha de lado? “Não
precisa, nós confiamos um no outro, e nenhum dos dois tem a doença”. E como você sabe? “Olha pra gente, nós temos cara de quem tem AIDS?”
Nesse momento minha
única opção foi a terapia de choque, apresentei ao casal dois portadores da
doença que a alguns anos atrás pensavam da mesma forma que eles, e hoje um tem
dificuldade de andar (devido à toxoplasmose) e a outra tem deformações
espalhadas pelo corpo devido a lipodistrofia. Os jovens ficaram em estado de choque. Espero que tenha funcionado.
Estou falando
de jovens, mas infelizmente isso não cabe somente à eles. Irresponsabilidade não tem idade.
Ainda tem
gente que por amar (ou achar que ama) passa por cima da sua própria vida para
agradar o outro. Se não está preocupado
com o outro, está na hora de se preocupar com si próprio.
Não sou eu que
vou questionar, ou julgar, quando o casal deve banir o uso do preservativo na
relação. Mas é bom saber que pode ter
uma conseqüência, e depois não adianta jogar a culpa no outro, você não é
vitima, não é coitadinho pois tinha como reverter essa situação, mas, em nome
do amor, acabou aceitando tal situação, só que infelizmente amor só cura os
males sentimentais, os físicos são tratados com uma terapia bem mais
agressiva...
Sempre achei que o amor era algo criado pela mídia, e que o máximo que podemos encontrar em outra pessoa é algum afeto especial. Mas recentemente venho mudando de ideia e começo a querer alguém para fazer aquelas caretices de filmes românticos. Essa procura por alguém pode ser perigosa se tiver o objetivo alcançado, pq vc fica durante um tempo idealizando a pessoa que vc nem conhece e quando encontra alguém, já encaixa essa nova pessoa nesse modelo antigo q vc tinha manipulado na sua mente. Devemos nos entregar ao amor de forma saudável e não como os jovens citados no texto que em dois meses largaram o preservativo. Eu acho que esse desespero por alguém é falta de ser feliz consigo mesmo, pode ser por isso que começo a ver o amor como todos os outros vêem.
ResponderExcluirWeslley
Estou triste, sempre entro no seu blog e vejo que vc n esta atualizando.... o que foi?? escreva é muito bom ler o que pensa.
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