segunda-feira, 30 de julho de 2012

Não é ciúmes, é o medo da perda...

   
    



      Esse é o argumento mais utilizado nos pedidos de desculpas depois de perdermos a razão durante uma crise de ciúmes.  Será que é realmente medo da perda, ou insegurança? Não sei o que é pior. 

O medo de perder alguém pode estar diretamente relacionado à dependência que criamos com relação ao próximo, o “não saber viver sem o outro”.  Isso geralmente acontece durante as primeiras paixões, os primeiros romances, aqueles que achamos que serão “para sempre”, talvez por isso a sensação de que se perder o outro, você morre.  Exagero. Deixando de lado os crimes passionais, depressões ou suicídios, não conheço ninguém que tenha morrido após levar um pé na bunda.

            Que mania é essa de as pessoas, ao estabelecerem relações sinceras, esquecerem que têm vida própria? Que embora estejam numa relação a dois, é necessário que cada um mantenha a sua individualidade? Sua vida comum?  Quando percebemos que só saímos se for com o(a) namorado(a), que só estamos bem se estivermos juntos, e que a vida só passa a ter graça se o outro estiver por perto, é melhor procurar ajuda, isso não é amor, é posse.  Achamos que o outro também deve agir da mesma forma, e, quando isso não acontece, entra em campo a nossa (no caso maldita) criatividade.  Pronto, porta aberta para as crises de ciúmes.  Se você liga no celular e o(a) outro(a) não atende, você já fica desconfiado, não importa se o(a) outro(a) pode estar numa reunião de trabalho, no medico, ou ainda no banheiro, não interessa, deveria ter te atendido.  E você liga uma, duas, quantas vezes forem necessárias até o(a) outro(a) atender, para ouvir você questionar (geralmente gritando) o porquê de não atender ao telefone.  E não adianta, por mais que o motivo seja lógico, você sempre irá desconfiar, achará que tem caroço nesse angú.   Isso sem falar em Facebook, MSN e afins...

Por esse medo da perda achamos que o outro não tem direito de ter amigos, estudar, malhar, ter vida própria, da mesma forma que vivemos para ele, queremos que ele viva para nós.  O outro também não tem o menor direito de ficar mal-humorado, TPM, etc,  porquê caso o outro não responda ao seu “bom dia”, você já entra em crise: “Tá diferente porquê?” , “Eu fiz alguma coisa?”, “Amor, fala comigo”.  (Olha a imaginação novamente!!!)

Lá vai você ligar para dar “bom dia”, pra saber se almoçou, “só pra dizer oi”, só para dizer que “gosto de você”, de 15 em 15 minutos, na realidade só para observar o que o outro tem de diferente. 

Chegamos ao ponto de ir contra as regras de respeito ao próximo, quando o outro vai ao banheiro (por exemplo), não sabemos como, mas numa velocidade impressionante conseguimos fuçar todo o celular, ligações, mensagens, etc.  Caso o celular tenha senha, já era, é a prova de que está escondendo algo. Ou alguém.
           
            É ai que eu pergunto.  Que medo é esse? Medo da perda? Medo de perder o(a) outro(a) ou a neurose que criamos com relação ele(a).  Da mesma forma que podemos gostar somente do outro, o outro também pode nos amar com a mesma intensidade, só que sem toda essa loucura.  Quem disse que ciúmes é prova de amor?  E quem disse que para ter ciúmes é preciso ser louco? Passional?

            Acho melhor e mais fácil viver a relação baseada em respeito, companheirismo, carinho e lealdade, viver a relação preocupado com o que o outro pode estar fazendo é muito desgastante, para ambos.  Não é fácil deixar o ciúmes de lado.  O medo da perda existe sim, mas de perder algo concreto e não o que imaginamos.  Se por acaso a separação acontecer, ficará na lembrança somente bons momentos, e não barracos, brigas e discussões.

          As pessoas não são obrigadas a ficarem umas com as outras, o outro não está com voce por obrigação, ele deve gostar de voce, e se voce não confia tanto nele, tambem tem todo o direito de sair fora.  Simples assim.
Prova de amor é o próprio amor, e não prender o outro.  Geralmente quem se sente muito preso quer liberdade, e quando não estamos prontos a oferecer essa liberdade, sempre terá alguém capaz de oferecer, quem mostra o caminho somos nós...os neuróticos e inseguros.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Difícil não é ser alguém...dificil é ser "quem a gente é"...



...essa frase (um tanto filosófica) foi mencionada pelo apresentador (e filósofo nas horas vagas) Pedro Bial, em seu programa na ultima quinta-feira.  

O programa discutia as relações homoafetivas e como a sociedade as encarava.  Confesso que a frase foi o que mais me chamou atenção.  Talvez pelo fato dela resumir tudo o que foi discutido.

O “ser alguém” me pareceu algo como o “Maria vai com as outras”, ou ser apenas mais um na contagem do IBGE, aquele que  não tem opinião própria, vive à margem das regras em que a sociedade impõe e que por mais que tenha vontade de se manifestar, de fazer a diferença, prefere ficar no comodismo à ir contra aquilo que é o chamado “politicamente correto”.

Realmente deve ser muito fácil, ou cômodo, ser apenas “alguém”.  Basta você ser aquilo que todos querem que você seja, mesmo que para isso você precise se esconder  dentro de uma redoma (geralmente dentro das 4 paredes da sua casa), o que importa é a imagem que você vai passar para a sociedade.  Todos conhecemos alguém que diz não gostar de, sei lá... funk (apenas um exemplo), e que na festa de final de ano da empresa, desce até o chão, ou então aquele cara culto que não gosta de TV, mas que de repente discute com outro por discordar da eliminação do artista favorito no programa ”A  fazenda”.   E quando questionado diz: “Não assisto, estava apenas mudando de canal e parei para dar uma olhada...”

Ser “quem a gente é” realmente é muito difícil, nem tanto em assumir a diferença pois somos todos uns diferentes dos outros, mas assumir que se tem defeitos, que esses defeitos podem comprometer as nossas relações com o outro e ainda por cima lutar contra esses defeitos, é muito difícil.  É comum depois de certo tempo convivendo com alguém, falarem para você: “Eu te achava tão metido antes de te conhecer” ou “Eu te achava uma Patricinha...”.  Será que não tá na hora de assumir que você pode ser um cara metido, mas legal, ou uma Patricinha gente boa.  Porque não adianta, quanto mais fugimos dos nossos defeitos, mais eles aparecem.

O programa deixou claro que embora pareça ser mais difícil ser “quem a gente é”, a partir do momento que assumimos tal postura, pouco importa o que os outros irão pensar a nosso respeito, ou seja, eu sou isso e gosto disso, você é aquilo e gosta daquilo, simples assim.  As pessoas que se assumem são mais felizes não ficam com medo de que de uma hora para outra a mascara caia.

Já ouviu falar na chamada “Síndrome de Gabriela? ( eu nasci assim, eu vivi assim, vou ser sempre assim...)?  Então...“Ser alguém” é muito chato, rotineiro.  Ser “quem a gente é” é aventureiro, nos fortalece.  “Ser que a gente é”, empolga o outro.  É comum se ouvir por aí frases do tipo: “Queria ser igual a fulano...” ou “Eu admiro fulano por que ele faz isso ou aquilo...”

Eu sugiro um exercício.  Comece aos poucos, sozinho, dentro do seu quarto, com as portas fechadas, faça uma longa reflexão e assuma inicialmente para você apenas um dos seus defeitos, procure trabalhar o mesmo, afinal de contas defeito todo o mundo tem, e se cada um cuidasse dos seus, estaríamos vivendo num mundo bem melhor...

segunda-feira, 16 de julho de 2012

A teoria do beijo...

         

         O beijo é o mais emblemático e maior símbolo de carinho que existe.  Logo após o parto, o primeiro carinho que a mãe faz ao bebê é beija-lo carinhosamente, nossos namoros pré-escolares são traduzidos por mãos dadas e beijos no rosto.  Também é sinal de despedida daqueles que amamos.

Pode ser traduzido como sinônimo de envolvimento entre algumas categorias profissionais, nas empresas cumprimenta-se apenas com apertos de mãos, se beijar já vira “algo a mais”, se trabalha como profissional do sexo vai alem disso (puta não beija o cliente, se o faz, pode envolver sentimento).  Pode também ser sinal de intimidade, a partir do momento que passamos a nos despedimos com “um beijo” ao invés de “um abraço”, significa que já alcançamos um certo grau de intimidade.

Os relacionamentos começam ou terminam pelo beijo (ou pela falta dele).  Explico: Você pode estar extremamente interessado em alguém, jurar inclusive que a pessoa em questão é o amor da sua vida, e de repente, quando você consegue conquistar e beijar, todo o “amor” vai por água abaixo, é a pessoa mais bonita, bem-humorada e inteligente, mas o beijo não é compatível.  O sexo pode ser ótimo, mas se o beijo for fraco, esqueça, falta alguma coisa. Você espera aquele beijo cinematográfico, quente, com a boca aberta, com mordida, mas na hora “h”, o beijo é morno.  E não adianta querer insistir em ensinar o outro a beijar da forma que você deseja.  O beijo, alem de muito subjetivo, é magnético, onde os polos se atraem ou se repelem.  Sexo é ótimo, mas um beijo bem dado é melhor que muito orgasmo.

Às vezes encontramos alguém com quem possa rolar apenas uma “ficada”, se a pessoa não beija bem, você mal troca telefone, mas se o beijo for bom, pronto. Lá vai você no dia seguinte criar aquela baita expectativa, esperando o telefone tocar.  O beijo ( aquele beijo), está completamente ligado a paixão, talvez seja o responsável pela primeira etapa da paixão.  Quando encontramos alguém que “beija bem”, passamos a ter esse beijo como referência, a partir daí, inicia-se a busca por algo semelhante.  O “bom beijo” vicia.  Beijo envolve paladar, faz você sentir o gosto do outro.

Como o beijo (o bom) está ligado à paixão, geralmente os melhores beijos são aqueles beijos apaixonados, quando namoramos.  O problema é quando, na maioria dos relacionamentos, o casal (não cabe, no momento, mencionar os motivos) deixa de namorar, e consequentemente,  deixa de beijar.  Quando os beijos se tornam “selinhos” ao acordar, ao sair, e ao voltar do trabalho. A falta do beijo pode se tonar o primeiro passo para a rotina e para o fracasso da relação.

Existem “N” comunidades na internet do tipo “beijo Bem”, “Beijos dos signos x, y,z..”, etc. Ou seja, já descobriram a importância do beijo como ferramenta de sedução na construção das relações.  O problema é confundir beijar bem, com beijar vários(as). No beijo também vale a máxima: quantidade é completamente diferente de qualidade.

Dizem que, quem gosta de beijar, beija bem.  E o que é o beijar bem? É beijar com língua?  Beijo molhado?  Com mordida? Boca aberta? Fechada? Não existe a receita do bolo.  O que existe é o encaixe. Para uma pessoa o seu beijo pode ser sem graça, mas para outro (geralmente na mesma sintonia) seu beijo pode ser o melhor do mundo....

domingo, 8 de julho de 2012

Os homens pensam com o...?

       


     Ontem assistindo ao programa “Altas Horas”, vi um comediante dizer que homem não gosta de mulher, gosta do que a mulher tem.  Sim, a vagina.  Confesso que isso me deixou um pouco mais intrigado, pois sempre tive a máxima certeza de que todo homem, sem exceção, pensa mesmo é com o pinto.   E nem adianta vir com aquela história de se tratar de praticidade, que o homem, ao contrário da mulher, já sai de casa para a balada pensando em como e com quantas transar, isso sem levar em conta a possível aposta com os amigos de quem pega mais.

O pinto é algo parecido com um troféu,  quando na gestação o pai (que espera ansioso por um filho varão) ao visualizar no ultrassom o órgão genital do filho, trata logo de mostrar o exame impresso aos amigos, dizendo com orgulho; “Meu filho é homem, deem uma olhada no tamanho do pintinho dele, puxou ao pai.”  Nunca vi  atitude contraria, quando ao saber que se trata de uma menina, saia por ai gritando: “É uma menina, olha a vagininha dela”.

Por falar em tamanho, por mais que a grande maioria dos homens não assuma, sim, já pegaram réguas, fitas métricas e afins a fim de medir o próprio membro, o pior é que a preocupação com o tamanho não é para agradar sua auto-estima e sim para ser o garoto mais respeitado do bairro.  Apenas por ter o maior pinto.  E essa concorrência, acredite, segue os homens pelo resto da vida adulta, mesmo que muito velada.  E se por acaso o membro não estiver “dentro da media”, a preocupação pode virar neurose.  Indiferente à orientação sexual ou desejo por novas experiências, você sempre percebe a comparação (muito sutilmente) em vestiários, ou aquela olhada de canto de olho nos mictórios, simplesmente para comparar o tamanho alheio.

No filme “Tudo para ficar com ele”,  as atrizes desenvolvem uma técnica para “agradar os parceiros”, para isso basta dizer um texto já decorado de como o pênis do namorado é grande, grosso e potente.  Pronto, não importa nada que o casal tenha realizado na cama, as caricias, toques, beijos e carinhos, para o homem, o que importa é que ele carrega entre as pernas o objeto de desejo cobiçado pela grande maioria e que isso basta... tonto, mal sabe ele que basta ler as revistas femininas para chegar a conclusão de que, para a grande maioria das mulheres, o que menos importa numa relação é o tamanho do pau.

O maior fracasso que pode existir na vida de um “macho” é a impotência, ou seja, ser incapaz de fazer alguém feliz (como se para isso bastasse apenas o pinto, rs).  Alguns medicamentos para impotência ocasionam risco de infarto, mas já ouvi alguns idosos dizendo que preferem correr o risco, “é preferível infartar comendo uma novinha, será uma morte heroica...”

Existem pessoas questionam o porquê dos homens fazerem sexo e as mulheres  amor.  Puro machismo  Como se as mulheres não fossem capaz de “apenas” fazer sexo.  Seria o medo dos homens acharem que as mulheres, por meio da convivência, também aprenderem a pensar com o pinto?  Esquece.  Homem pode (e deve) pensar com o pinto.  É o pegador.  Caso contrario, é  bundão, ou gay (mal sabem o quanto os gays também pensam com o pinto, afinal, antes de serem gays, são homens).

Mulher não pode “pensar com o pinto”, vira vulgar, galinha.  Na realidade a inversão de papeis (do equilíbrio entre quem dá e quem recebe) assusta ao macho. 

Não sou contra o “pensar com o pinto”, acredito que seja saudável (no momento certo), também não acho que deva ser algo exclusivo ao homem (afinal de contas, as mulheres tornam-se mais sedutoras quando pensam da mesma forma).

Existem formas bem mais fáceis e admiráveis para o “macho se tornar homem” e conquistar quem quer que seja, basta parar de pensar apenas com o pinto, e passar a pensar com a cabeça... a de cima...

Mentira...

       Tem gente que mente.  Tem gente cuja vida é tão mentirosa, que não consegue mais lidar com a verdade.        A gente  mente po...