RESPEITO
Do
latim respectus
(atenção). Ato ou
efeito de respeitar (-se). Estima, admiração por alguém ou algo.
Modo pelo qual se encara uma questão ou ponto de vista.
É
preciso que entendamos que, quando Deus (Também vale para os ateus,
ok?) nos recomendou que amássemos ao outro como a nós mesmos, não
tinha nada a ver com aquele amor incondicional que sentimos por
alguém mais próximo. Ele estava falando sobre respeito, em
harmonia, em empatia.
Mas
como vou respeitar o outro quando não sei o que isso significa, a
ponto de não respeitar a mim mesmo e aqueles que amo?
A
cultura do desrespeito está intrinsecamente ligada à falsa ideia de
superioridade que temos em relação ao outro. Ou seja, possuo
falhas, as conheço, sei das minhas fragilidades, mas para
disfarça-las tento transforma-las em virtudes a fim de poder me
sobressair àqueles que possuem opiniões diferentes às minhas.
“Eu
estou certo, sei o que é certo. Quem pensa igual a mim, será bem
vindo. Quem pensa diferente, está errado e eu quero é distância!”
Tá
errado né?
Engana-se
quem pensa que não precisa de ninguém. A gente precisa do outro
para tudo, se não precisássemos estaríamos vivendo cada um isolado
no seu próprio planeta. Não podemos esquecer que do ponto de vista
do outro também podemos estar errados. Você tenta convencer (as
vezes até agressivamente) de que o outro está errado, mas quando o
outro tenta fazer o mesmo você não aceita.
Você
gosta de azul e o outro de amarelo? Já parou para pensar na
infinidade de tons de azuis e amarelos existentes? E que misturando
os dois, criaremos uma outra infinidade de tons de verde?
Estamos
nos isolando nas nossas caixas de lápis de cor única, sem conseguir
desenhar ou colorir nada, estamos ficando cada vez mais cinza a
medida em que jogamos a culpa no outro por aquilo que não pintamos.
A
gente só aprende a (se)amar quando aprende a (se)respeitar.
Conhecer a si próprio, assumindo suas falhas e utilizando de nossas
virtudes a fim de combater aquilo que faz mal a si é o primeiro passo para vivermos com
e para o outro.
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