segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Outra pessoa nunca será a solução, para nada.....


   

     Eis que vinham duas amigas tentando consolar uma terceira que estava em prantos após descobrir que pela terceira (ou quarta ou quinta) vez, foi traída pelo namorado.

  • Se eu fosse você pagava na mesma moeda, chifre trocado não dói! Disse a primeira.
  • Nãoooo, que horror, não se iguale a ele. Termine e arrume outro melhor. Nada como um amor para curar outro! Sugeriu a segunda
  • Tá, então não precisa trair, arrume um cara bem gato para provocar ciúmes! Retrucou a primeira.
  • Ele deve ter me traído por que nosso namoro caiu na rotina! Tentava justificar a dona do chifre.

    Gente, na boa? Eita mania de sempre tentar encontrar justificativas externas para matar seus desejos, frustrações e afins. Tá na hora de começar a assumir suas responsabilidades, né?

       A solução para rotina num relacionamento? Outra pessoa!!!
       Provocar ciúmes? Outra pessoa!!!
       Pagar uma traição na mesma moeda ? Outra pessoa!!!
       Esquecer um grande amor? Outra pessoa!!!

      Sempre fui daqueles que procuram de todas as formas evitar a todo custo qualquer tipo de rotina nos meus relacionamentos, algumas vezes consegui, outras não. A tal teoria do beijo ajuda muito ( http://edessejeitoquepenso.blogspot.com/2012/07/teoria-do-beijo.html), mas não basta.
    Inicialmente temos que aprender que NUNCA, uma relação terá o mesmo fogo, a mesma empolgação que no inicio. Óbvio né? No começo das relações estamos tão empenhados em vender a imagem de que valemos a pena quanto em conquistar o outro. Após confirmada a conquista relaxamos, achamos que já está ganho e que não precisamos mais conquistar o outro. ERRADO. Ou você sai fora (e geralmente se arrepende depois) ou parte para a conquista diaria( de outro, ou outros).       E prepara-se é um trabalho duro, nem todos estão dispostos a manter essa conquista diariamente. Preferem (ou acham mais facil) começar tudo de novo.
     Quando a escolha pela segunda opção é decidida por carência afetiva, vaidade ou fogo no rabo, o resultado pode ser bem mais perigoso (quem assistiu Atração Fatal, sabe do que estou falando).
     Qualquer pessoa que surja em nosso caminho nessas situações acabam por nos mostrar algo novo (e quase sempre perigoso). Oferecem mesmo que tivemos no começo das nossas relações (o frio na barriga, a boca seca, coração acelerado ao toque do telefone) mas que deixamos de alimentar, o irônico é que se alimentassemos diariamente essas relações, não sentiríamos falta de procurar fora, ou seja, não foi a relação que esfriou, fomos nós. Sim, você que não percebeu, ou se percebeu achou bem mais facil procurar alguém fora, do que enfrentar a situação com alguém que você supostamente ama ou confia.
    Quando a rotina aparece A SOLUÇÃO NÃO É OUTRA PESSOA, é você acabar com sua covardia em assumir o que você quer, ou não!!!

      Caso você insista em não assumir que sua relação esteja desgastada e que precisa imediatemente de uma DR (Sim, elas são fundamentais), você corre o sério risco de entrar numa carência, não de alguém que leve a loucura na cama, mas de alguém que te mande um whatsapp perguntando como foi o seu dia, te olhe nos olhos sem dizer nada ou te elogie como há anos seu parceiro deixou de elogiar.
    A carência afetiva (http://edessejeitoquepenso.blogspot.com/2012/06/culpa-e-da-carencia.html), talvez seja a que mais provoque armadilhas.
       E lá vai você procurar fora da relação aquilo que o seu parceiro nunca lhe deu e que você sempre teve esperança de que, como um milagre da Virgem de Guadalupe ele passasse a oferecer do nada.  Então você encontra alguém que te ofereça o X que falta na sua relação, enquanto que o seu parceiro atual de oferece o Y, W, Z.... quando der por si você estará tão perdido que ficará sem qualquer letra do alfabeto.
      Ou então, ainda na esperança de que a Virgem de Guadalupe faça o milagre, você resolve esperar que o outro mude e te dê ou retribua toda a atenção que você dá, e decide que se o outro sentir ciúmes talvez ele te valorize um pouco mais, com medo de perder para outro.
Entra em ação aquele(a) amigo(a) lindo(a) que nem você e nem a grande maioria dos mortais teria chance de se relacionar, mas que no momento é a pessoa ideal para fazer ciúmes para o seu parceiro ou matar as inimigas de inveja.

       Nesse caso meu amigo, você está sujeito a três situações
        1 – Se apaixonar pelo “amigo-lindo-que-só-está-fazendo-um-favor” e não ser correspondido.
      2 – Ficar sem o parceiro atual, que vai terminar com você (nem sempre por achar que você é capaz de namorar com alguém tão lindo, mas que pode ter sido capaz de trai-lo),
      3 – Ser ridicularizada quando descobrirem que o “amigo-lindo-que-só-está-fazendo-um-favor”, de que você se gabava estar interessado em você, na realidade nunca nem segurou sua mão.

      Quando se trata de carência afetiva ou fazer ciúmes, a SOLUÇÃO NÃO É OUTRA PESSOA, é você melhorar a sua auto-estima que está mais baixa que os trilhos do metrô


       Pagar uma traição na mesma moeda ?

      Não sou (nem nunca fui) santo, aliás nem acredito que existam pessoas com tal comportamento, se alguém se julgar como tal, fuja.
      Já traí sim, e embora tal ideia não passe pela minha cabeça novamente, não seria hipócrita (odeio) a ponto de dizer que jamais faria isso novamente, acho muito pouco provável que isso aconteça algum dia, mas “nunca farei isso” é algo que aprendi ser como uma mensagem subliminar que diz: “se prepare que um dia eu faço...”
    Sim, já fiquei com pessoas por carência fisica, afetiva (a pior delas) ou simplesmente para esquecer o outro (o que fez o efeito inverso me trazendo ele à mente o tempo todo, me senti sujo).

    Quando se trata pagar uma traição na mesma moeda, a SOLUÇÃO NÃO É OUTRA PESSOA, é você aprender que pagar da mesma forma não vai te ajudar a superar em nada o chifre tomado, só vai te fazer exatamente igual ao outro que você tanto reclamou ter te feito de trouxa.


      Esquecer um grande amor?

    Não há nada errado em conhecer alguém que te faça bem a ponto de esquecer (mesmo que momentaneamente) um ex. Aliás, porque deveríamos esquecer alguém que durante determinado tempo deu tão certo e nos fez tão bem (às vezes)?
      O problema se resume a duas palavras: expectativa e comparação.
     Independente do tempo que durou a relação anterior, é necessário cortarmos o cordão umbilical que nos ligava a ela.
    Aprender a seguir sozinho pode muitas vezes ser bem dificil, outras vezes pode ser um alivio (vamos lembrar que nem todas as relações são um mar de rosas, mas como toda separação, dói), o tempo de re-adaptação é fundamental (para uns pode ser de dias, para outros meses ou anos, cada um tem o seu) , a introspecção é libertadora.
    Ao conhecer uma nova pessoa, não há como fugir da comparação (positiva ou negativa) que o outro nos trás, temos o péssimo hábito de criar um modelo pré-estabelecido daquilo que vou querer daqui para a frente. Se o anterior me fez isso, o próximo terá que ser diferente.
    Quando encontramos alguém que aparentemente se encaixa dentro desse padrão, o beijo é diferente do outro (melhor? Pior? Não sei, mas não é a mesma coisa), ele dorme do lado direito, o outro só dormia do esquerdo, etc.
       Não né? Se for pra comparar , melhor voltar para o ex!!!
       E quando dá certo? Aí tudo são flores. Que bom , ufa, agora vai, talvez esse seja o cara certo!!!
      Não, péra, e se ele não tiver o mesmo interesse que eu, e se ele só quiser me comer, não quiser casar? e se ele não me deixar ir pra balada? Não gostar dos meus amigos? Meu ex não era assim, porque me separei dele? queria tanto voltar, será que ele me quer de volta?
       Pára, que tá feio!!!!

      Para esquecer um grande amor, a SOLUÇÃO NÃO É OUTRA PESSOA, é aprender a amar a si próprio!!!

      Outra pessoa nunca será a solução, para nada.....

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Só quem ama confia (?)...

 
     Imaginem a seguinte situação:
    Após algum tempo de namoro, você começa a desconfiar que está sendo traído. Após algum tempo você passa a observar que o outro, a todo tempo, te dá indicios de que não se trata de uma “simples” traição, mas de um envolvimento afetivo. São palavras, gestos, silêncios...
  As mensagens subliminares são tão claras que, mesmo sem querer (ou subestimando a sua inteligência), você percebe (afinal de contas anos de convivio também servem para que você conheça seu companheiro mais do que ninguém) que realmente tinha razão com relação às desconfianças.           Começam as mentiras, as indiferenças, a falta de interesse, e de repente o terceiro elemento passa a conviver na sua relação. Durante o jantar, nas viagens, na sua própria cama.
    E quando você pergunta, está tudo bem, ou é coisa da sua cabeça. Sexo, carinho, afeto passam a ser cada vez mais raros, a presença (não a física) é cada vez mais ausente.
    E aquele trato de que se algum dia aparecesse alguém conversaríamos a respeito?
    É quando se percebe que o tal envolvimento é destrutivo, mais para o outro do que para você!
    O que fazer nessa hora? Gritar bem-feito? Tripudiar? Rir?
   Espere um pouco, como é que se ri ou se tem prazer em ver o sofrimento daquele que até ontem diziamos que amávamos? vai me dizer que o amor passou da noite para o dia?
    De repente você percebe que o outro, mesmo que em silêncio, implora por ajuda. Está perdido, quer que você de alguma forma o ajude.
   É uma mistura de sentimentos culpa por ter traído quem o ama, raiva por ter sido usado por alguém, sentir-se obrigado em ter que escolher entre a razão e a emoção (ou amor e tesão), entre o certo e o duvidoso.
   Durante esta semana essa situação me veio à mente após algumas situações. Uma amiga e eu discutimos por horas sobre confiança nos relacionamentos, um leitor do blog me sugeriu uma postagem com o tema traição x confiança, e na novela A Regra do jogo, o assunto também foi abordado.
   Mas voltando ao assunto, quando se percebe que o outro tem alguém fora da relação, talvez a melhor atitude (inicialmente) seja dar a ele todas as chances de contar a verdade. Mas é claro que isso não acontece.
    Então você pensa que pode ser algo passageiro, ao qual não mereça muita importância. Errado
   A partir daí surgem algumas opções:
1 – Dar o troco na mesma moeda;
2 – Terminar;
3 – Gritar bem-feito;
4 – Perdoar
     Escolheria a ultima opção. Pelo simples fato de me colocar no lugar dele. Além do que se escolhesse as opções 1 ou 3, seria tão FDP quanto.
   Se fosse para ele ser feliz com outra pessoa, tudo bem. Me serviria de consolo.
   Mas ao ver tanto sofrimento, percebo que talvez essa seria a única forma de aprendizado. Talvez venha a vontade de gritar : Meu, sai fora, você não percebe que não dará certo, parta para outra. Você não é vítima, sabia onde estava se metendo, o tempo todo estava consciente dos riscos que corria.
Ou talvez em chegar até a terceira pessoa e falar: fique com ele ou vá embora de vez, mas para de brincar com ele. Nada disso adiantaria.
    Aí você termina. Termina na esperança de que o outro se sinta menos culpado e que isso o faça se sentir melhor.
Trouxa?
Idiota?
Santinho?
Diferentona?
Espiritualmente elevado?
     Não, nenhuma coisa nem outra. Basta apenas se colocar no lugar do outro. Todos corremos o risco de após um longo periodo de relacionamento nos encantarmos por outro que nos ofereça algo além daquilo que estamos acostumados diariamente.
    Nossa vaidade nos empurra a qualquer um que enalteça nosso corpo, nossa inteligencia, nosso jeito de ser, e infelizmente não temos como saber quais são as intenções por tras de tantos elogios e galanteios.
    Sempre esperamos mais, a comparação é inevitavel. Vem aquela sensação de que a relação está desgastada, que já caiu na rotina, ou que o amor passou, não é mais aquele do começo (mas é logico!!!)
   Um amigo muito querido me disse certa vez que, quando namoramos a algum tempo, qualquer paquera se transforma no grande amor da nossa vida. Se não deu certo com esse, pode ser que dê certo com o próximo, só depende do outro não ter aprendido nada e insistir na busca de outros que alimentem a sua vaidade.
    Mas e a confiança? Como voltar a confiar em alguém que dizia estar em casa e você saber que estava com outro? Não tem receita do bolo. Uma vez que se perdoa (de verdade) o passado fica para trás, se ainda rola desconfiança o perdão não foi sincero e é melhor se afastar, não conviver, pois no primeiro toque do whatsapp a desconfiança pode vir à tona, trazendo toda a situação vivida anteriormente.
    Confiar não é algo cego, é algo raciocinado, é acreditar que o outro aprendeu com a situação e que fará o possível para que a mesma não ocorra, e caso venha a acontecer novamente, o comportamento será outro, afinal acho dificil alguém querer passar por uma situação dolorosa mais que uma vez.
   Temos que deixar de acreditar que as relações humanas são todas baseadas em histórias de principes encantados. Se não derem certo que ao menos ambos aprendam com a situação, afinal , como dizem os budistas, a única forma de aprendizagem é através do sofrimento, e se ainda assim, após a lição, continuar sofrendo é porque não aprendeu nada, e a lição será repetida até que o aprendizado tenha êxito.
    E lembre-se, nada garante que amanhã ou depois eu também possa passar pela mesma situação que o outro.... E não se esqueça, também pode acontecer com você que durante a leitura me chamou de idiota.....
   E se você acha que pelo fato de estar solteiro está imune a esse tipo de situação, sinto muito, amigos também traem, e se você os ama de verdade o quanto diz, também vai perdoar....



Mentira...

       Tem gente que mente.  Tem gente cuja vida é tão mentirosa, que não consegue mais lidar com a verdade.        A gente  mente po...