No início dos anos 60 ficaram famosas as figurinhas de um casal nú e de mãos dadas onde tentavam chegar a alguma conclusão, por meio de exemplos sabe-se lá vindos de onde, ou de quem, sobre o que seria amar.
Milton Nascimento cantou que “Qualquer maneira de amor vale à pena”, enquanto Bethânia cantou que mesmo aqueles com um jeito esutpido de ser, também sabem amar.
Milton Nascimento cantou que “Qualquer maneira de amor vale à pena”, enquanto Bethânia cantou que mesmo aqueles com um jeito esutpido de ser, também sabem amar.
Amar
o fácil é muito simples. Para mim, só pode se afirmar que ama,
quando se ama o difícil (Tem medo daquelas relações perfeitinhas demais, onde tudo são flores). Não
digo dificil pela conquista, o que não pode ser amor, mas satisfação
do ego em conquistar alguém que até então parecia impossível.
Não
me refiro àquelas paixões que comumente confundimos com o maior
amor da nossa vida (geralmente ocasionada por mexer na nossa rotina
física, e não afetiva). Tão pouco àqueles amores doentios em que
o sofrimento em ficar longe se confunde com o sofrimento em estar
junto. Isso não amor, é apego, obsessão, os famosos amores
destrutivos onde impera o “ruim com ele, pior sem ele”.
Uma
coisa é certa: Todo mundo sabe como quer ser amado, mas como amar o
outro já é algo bem diferente. O altruísmo nem sempre existe. Não,
não é necessario comportamentos como “eu te amo” a cada encontro, mozão,
mozinho ou mozi, ficar juntos ou agarrados o tempo todo (embora
muitos queiram em algum momento da relação). Basta amar por amar. Amar de graça, pelo simples fato do outro ser o que é, sem exigir mudanças ou que corresponda a todas as nossas expectativas.
Seria
egoísmo de nossa parte exigir que o outro nos ame da maneira que
sempre idealizamos e não sequer se esforçar para retribuir aos
anseios do outro?
Exigir que o outro nos ame apenas para corresponder nossas vontades, ego ou poder de sedução é como andar para trás....
Exigir que o outro nos ame apenas para corresponder nossas vontades, ego ou poder de sedução é como andar para trás....
Satisfazer todas as vontades do outro então... ninguém consegue conviver com quem não tem vontade própria!
Talvez
o verdadeiro amor deva ser algo completamente mutante, varia de
acordo com a maturidade (quando ela existe), com o convívio com o
outro, em observar, se desarmar de medos, frustrações e mágoas
passadas, é estar livre para si e para o outro. É gostar do outro
de graça, mas sem perder a razão, sem deixar para trás princípios
e valores que julgamos primordiais. É gostar de alguém sem motivo
especifico, é não sentir calafrios na expectativa de cada encontro
(como no principio da relação), é achar que a relação pode estar
esfriando devido à rotina, pensar que o outro não pode mais te
surpreender de forma alguma, é pensar em terminar a relação porque
apareceu outro que despertou algum interesse fisico, e ainda assim,
após um tempo longe, percebe que não quer ficar sem aquela pessoa
que por um instante já não tem mais graça nenhuma, mas que por
hoje você não consegue viver sem.....