Nesse ultimo mês dois livros que li me chamaram a atenção em um mesmo assunto. O desapego. Poderia jurar, até então, que era praticante do desapego. Estava errado.
É incrivel como
sempre relacionamos a questão do apego à matéria. Somos apegados às
roupas, às pessoas, ao automóvel ao dinheiro, etc.
Mas como fica o
desapego às ideias? As opiniões de terceiros? À mesmice?
Às
vezes é necessario colocarmos em xeque aquilo que me atrevo a chamar
de “desapego emocional ou afetivo”. Seria o mesmo que você cair
na real e aceitar a ideia de que, embora sempre tenhamos conhecimento
do fato, aceitemos que não vivemos no País das Maravilhas e que
(parafraseando Renato Russo) esse mundo não é perfeito e que todas
as pessoas não são felizes.
Que mania é essa de acreditar que a felicidade depende de algo externo?
Que insistencia é essa em deixar a responsabilidade do nosso
bem-estar nas mãos do outro? Talvez por que seria mais facil
colocar a culpa em alguém pelos nossos fracassos, do que assumi-la?
Sem ao
menos nos darmos conta nascemos, crescemos, vivemos e envelhecemos de
acordo com a expectativa alheia. Minha família espera que eu faça
isso, a sociedade que eu faça aquilo. E não adianta falar que
“comigo é diferente”, que “esse é o meu jeito”. Mentira.
Isso se chama hipocrisia. E o pior, exigimos tanto do outro, quanto
ele de nós.
A
frustração, a desilusão vem justamente quando o outro não
corresponde a qualquer uma de nossas expectativas.
A única
maneira para não sofrer com tais frustrações e DESAPEGAR, não
esperar nada do outro. E aprender a aproveitar o que o outro oferece
agora. Que mania é essa de planejar o futuro de acordo com o que
você pensa? Já percebeu que quando planejamos algo é sempre como
EU acho que deve ser? Lembre-se: o mundo não gira ao seu redor.
Não tem
jeito, ou se aprende a desapegar ou se frusta a cada vez que o “mundo
não conspirar a seu favor”.
Eu
preferi desapegar!!!!