Não o silencio
do sossego, mas o silêncio da expectativa.
O silencio dos filmes de suspense que você está cansado de saber que
logo em seguida vira o susto, e ainda assim você cai na armadilha. Odeio o silencio antes do sorteio, o silencio
antes de o jogador bater o pênalti, o toque de silencio...
Ainda assim
prefiro esses silêncios (que são anunciados) ao silencio das pessoas. Quer coisa mais irritante quando alguém está
quieto (alem do seu normal) e você pergunta o motivo desse silencio quando o
outro diz: “Não é nada, é impressão sua!!!”, ou quando você chega num ambiente
cheio de gente conversando e ao você entrar todos se calam (porque o assunto
chegou).
As vezes o
silencio pode significar submissão, quer maior forma de agressão do que mandar alguém
calar a boca? Agora você vai ficar quieto e ouvir tudo o que tenho para dizer.
Concordo que
as vezes o silencio é necessário para reflexão, quando isso acontece não tem
jeito, temos que respeitar o tempo do outro e pronto. Quando chegar a hora o outro fala. Nesse caso é melhor segurar a ansiedade, pois
se forçarmos o outro a falar, pode dar merda...
Tenho
medo do silencio porque na grande maioria das vezes ele não antecede assuntos
ou decisões agradáveis. Um grande amigo
meu, ao deixar de gostar de alguém nunca termina a relação, apenas se cala e
não procura mais o outro, para muitos já funciona como um recado nas
entrelinhas: “Não estou te procurando, portanto vá se acostumando, pois o próximo
passo é o pé na sua bunda”.
O
problema é que para quem tem a necessidade de ouvir, o silencio é um pesadelo,
e quem é ansioso também tem uma imaginação incrível e adora adivinhar os
motivos do silencio alheio, e na grande maioria das vezes estamos errados com
relação a esses motivos, não tem jeito, ou aprendo a respeitar o silencio do
outro, ou continuo odiando, e como respeito é um exercício diario...bora tentar
colocar em pratica...